sábado, 15 de agosto de 2009

Escândalos políticos não será uma coisa só!

http://www.youtube.com/watch?v=QIwrkNhXlvY&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=M3ituI8y5qg&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=Z-OY1v3IhL4&feature=related

http://www.youtube.com/watch?v=8HQAS4ZE_D0&feature=related

Escândalos envolvendo o presidente do senado federal José Sarney põem a sociedade brasileira em crise de identidade. Se observarmos atentamente a mudança que nossos bons políticos sofrem quando assumem o poder é algo degradante, tamanha é a falta de moral, falta de vergonha. Lula pede para a bancada do PT no senado deixar de atacar o presidente da casa Sarney, pois senão o mesmo pode ficar bravo com o partido (PT), e o PMDB deixar de apoiar a candidatura de Dilma em 2010.

O PMDB, um partido que apóia quem está no poder independente de sua ideologia, sem dúvida nenhuma esse partido é o mais poderoso do país ou tem a maioria do eleitorado, este mesmo partido está envolvido com denuncias de corrupção no estado do RS ao lado de Yeda do PSDB. Sem dúvida um partido de meio de campo o PT (Lula) está na defesa dele ao lado de Collor (PTB) e o grande volante Renan (PMDB), no meio de campo estão eles brigando um pouco como todo volante Simon e colegas de bancada e no ataque o PSDB com Yeda, Serra, Aécio e colegas. No banco de reserva estão partidos já lotados de corruptos como PDT, DEM, PV, PTB, PT do B ao lado deles estão partidos que infelizmente estão a caminho de se tornarem pequeninos PMDBS, tais como o PC do B, que se agarra ao Lula como se ele fosse o super herói da nação antes dele nada existiu (podem estar certos) e sem ele nada existiria (certo que estão errados).

Como adversário dessa tropa toda estão os pequeninos aqueles dos quais militantes do PT (grande EX partido de esquerda) tiram saro os desmerecendo por serem pequenos sem apoio de grande parte da população, eles são o PSTU o PSOL e o PCB sem dúvida os únicos partidos que podemos lembrar à esquerda.

Esses brigam com a contradição do PT, que gospe em toda a sua história de luta e se iguala aos partidos de direita quando compra votos de parlamentares para que seus projetos sejam aprovados. Que defende raposas políticas como Renan, Sarney. Que rasga elogios ao ex presidente Collor.

Os pequeninos brigam com todos esses ladrões e são tidos como loucos, eles não entendem que os pequenos querem uma política limpa sem alianças com inimigos, pois estes sempre estão do lado que convém sempre do lado do poder.

A ética do Senado encontra esconderijo insuspeitado

Afastada a possibilidade de o Senado se auto-investigar, resta à platéia confiar no Ministério Público e na Polícia Federal.

A Procuradoria e a PF abriram uma dezena de frentes de investigação. Esquadrinham os malfeitos. Procuram o criminoso –ou criminosos.

Tomado pela quantidade de liames, o caso parece intrincado. Visto pelo ângulo da lógica, é simples. Suponha uma reunião dos investigadores:

- Pessoal, ou recorremos à lógica ou não chegaremos a lugar nenhum. Pra começar, o clássico: policial tem de se colocar no lugar do bandido.

- Como assim, senhor?

- Ponham-se no lugar do criminoso. Pela lógica, podemos supor que é senador. Deve ser senador. Senadores talvez, no plural.

Um dos presentes salta da cadeira. Leva as mãos aos bolsos, protegendo-os.

- O que é isso, agente Silva?

- Desculpe, delegado, é que o agente Cavalcante me olhou de forma estranha. Esse bigode... Sei não... Vai que leva a sério essa coisa de incorporar um senador!

O delegado Sanches, impaciente, soca a mesa:

- Por favor, senhores, concentração. Retomando: tentem pensar como os criminosos. Os holofotes no encalço deles. Alvoroços diários. Um esconde-esconde sem fim. Onde buscar refúgio?

- Senhor...

- Diga, agente Palhares.

- O Agaciel fez aquela sala secreta no Senado. Ali, talvez...

- Esqueçam o Agaciel. Lógica, pessoal. Usem a lógica. Senador. Ou senadores.

- Já sei, delegado Sanches! Os criminosos podem estar escondidos debaixo daquela montanha de atos secretos.

- Ora, francamente, agente Silva. Um esconderijo de papel?

- Metaforicamente, senhor.

- Sem metáforas, por favor. Lógica. Quero a lógica.

Súbito, o agente Cavalcante, põe-se a enrolar as pontas do bigode. Os companheiros conheciam o agente Cavalcante. Quando levava as mãos à pelagem cultivada sobre o lábio superior, era batata.

- Senhor...

- Diga, agente Cavalcante.

A reunião dura mais cinco minutos. Tempo suficiente para que o agente Cavalcante despeje sua tese sobre a mesa.

Segue-se grande azáfama. Corre-corre. Lufa-lufa. Os policiais descem à garagem. Enfiam-se nas viaturas. Partem cantando os pneus.

Decorridos mais 20 minutos, cinco viaturas da PF estacionam defronte do Centro Cultural do Banco do Brasil, sede provisória do governo.

Invadem o prédio. Irrompem na sala de Lula. O presidente estava reunido com Sarney e Renan.

Lula festejava a rendição dos senadores do PT no Conselho de (a)Ética. Renan mencionava a hipótese de beliscar votos nas fileiras tucanas e ‘demos’. Sarney ria.

O agente Cavalcante rejubila-se:

- Eu não disse!

E o delegado Sanches:

- É a lógica!

Procuradores e policiais, hoje concentrados no Senado, deveriam voltar os olhos para os arredores de Lula.

O presidente, o país já o conhece, nunca sabe de nada. É incapaz de enxergar um suspeito atrás de um aliado. Que refúgio seria mais seguro do que a sala de Lula?

Escrito por Josias de Souza

terça-feira, 4 de agosto de 2009

O PT e seu dilema: virar a mesa ou sentar-se a ela?

3/7/2009




Josias de Souza

Um moralista, como se sabe, é um degenerado que ainda não ficou preso no elevador com a Maitê Proença.

Do mesmo modo, um petista é um tucano que ainda não recebeu um pedido do Lula para apoiar o Sarney.

Poucas horas antes de um jantar em que Lula apelará por Sarney, a bancada de senadores do PT vive um dilema.

Assediado pela crise moral do Senado, o petismo não sabe se vira a mesa ou senta-se a ela, ao lado de Sarney e tudo o que ele representa.

Na noite de terça (30), sete dos 12 senadores do PT posicionaram-se a favor de um pedido de licença de Sarney.

Na quarta (1), informado acerca da novidade, Sarney disse que preferia renunciar a licenciar-se.

Do estrangeiro, onde se encontrava, Lula entrou em parafuso.

Pôs-se a telefonar para Brasília. Mobilizou ministros e assessores. Era preciso chamar o PT às falas.

A firmeza do petismo subiu no telhado. Ou, por outra, escalou um muro que, noutros tempos, era território exclusivo do tucanato.

Numa das peças de Nelson Rodrigues, ambientada num Rio de Janeiro que ainda era a capital do país, um personagem grita, em meio a uma suruba:

"Se Vinicius de Moraes existe, tudo é permitido!"

A frase é, na verdade, uma atualização de comentário de outro personagem, de Dostoievski: “Se Deus não existe, tudo é permitido”.

Pois bem, Lula sugere ao PT que reflita sobre outra máxima: Se Sarney existe, tudo é permitido. Inclusive apoiar o inaceitável, em nome da governabilidade.

Em 1959, o Partido Social Democrata alemão rejeitou os conceitos de “luta de classes” e “economia planificada”.

Em 1991, o Partido Socialista francês renegou o marxismo.

Em 2002, numa carta ao povo brasileiro, Lula pisoteou o passado e aceitou as regras do mercado.

Em 2009, Lula pede ao PT que renegue os princípios da moralidade pública. Na prática, mera formalização de algo que já ocorreu.

O PT de hoje, evidentemente, não é o PT de ontem. No governo, viu-se compelido a mimetizar o PSDB de FHC, abraçando-se a parceiros como o PMDB.

Um PMDB que frequenta as franjas do poder ameaçando romper com o governo, pleiteando, pedindo, querendo... E obtendo.

O apoio do PT a Sarney, exigido por Lula, será mais um exemplo das metamorfoses que o poder costuma operar.

Para que a hipocrisia possa funcionar, salvando o Senado do caos, é preciso que o PT faça o seu papel. O papel de otário.

Otário consciente, assumido, que reconhece a conveniência de sucumbir às amoralidades alheias em nome da governabilidade.

Afinal, Se Sarney existe, tudo é permitido!

Venezuela recupera rádios para o serviço público

Por Elaine Tavares

A mídia comercial brasileira, copiadora número um da matriz CNN, que transmite em espanhol, para toda a América Latina, bombardeou os leitores/espectadores/ouvintes com críticas ao governo venezuelano que, na semana passada, encerrou a transmissão de 34 emissoras de rádio naquele país. Não faltaram os comentários raivosos sobre a “ditadura chavista” e muito menos as entrevistas - à exaustão - com os representantes da direita golpista da Venezuela falando da “falta de democracia” de Hugo Chávez.

O que a maioria dos veículos não disse - e se disse foi de forma superficial – é que estas emissoras estavam irregulares perante a lei de radiodifusão. Algumas delas seguiam funcionando mesmo depois que os legítimos possuidores da concessão já haviam falecido, sendo utilizada a conhecida figura do “laranja”. Conforme a lei daquele país, isso não é possível. As ondas eletromagnéticas são uma concessão pública e cabe ao Estado fazer cumprir a lei, caso contrário cai por terra o conceito liberal de “estado democrático e de direito”. Mas, aos liberais, isso, vindo de Chávez, é ditadura. Coisa difícil de entender, não?

Outra informação que a mídia não dá de forma clara é que as freqüências, que funcionavam de forma ilegal e que foram retomadas pelo Estado, passarão por nova licitação e devem ser entregues às entidades comunitárias, para que voltem a apresentar o caráter público que deviam ter. Segundo o ministro de Obras Públicas y Vivienda, Diosdado Cabello, a anulação das concessões se deu não só naquelas em que o titular já havia falecido, mas também nas que estavam com a validade da concessão vencida e sequer se dignaram a comparecer ao órgão responsável por esta questão, a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) durante o período que havia sido indicado através de correspondência, demonstrando completo desrespeito com a lei.

O Ministro também informou que existe na Conatel um número muito grande de pedido de concessão e que agora o órgão deve abrir novas licitações. O presidente venezuelano Hugo Chávez afirmou que não há qualquer ataque a liberdade de expressão, pelo contrário, os veículos foram devolvidos ao povo, uma vez que não cumpriam com suas obrigações.

Mas, o certo é que este ato ainda vai render muito pano para manga, principalmente nos grandes veículos de comunicação do chamado “mundo livre”, o qual só considera liberdade de expressão a sua própria. Já cumprir a lei e verdadeiramente democratizar a comunicação passa a ser coisa de “ditador”. Ninguém na televisão foi capaz de informar que no Brasil existem centenas de emissoras comerciais funcionando com a concessão vencida, enquanto as rádios comunitárias seguem sendo estouradas pela Anatel.

Só para lembrar, recentemente o ministro do STF, Gilmar Mendes, acabou com a exigência do diploma para a profissão de jornalista justamente em nome da chamada “liberdade de expressão” dos donos de empresas. Não é à toa que, de maneira hipócrita, os bocas-alugadas estejam fazendo discursos inflamados contra a decisão do governo venezuelano. Já pensou se aqui no Brasil o governo decidisse cumprir a lei? Só em Santa Catarina tramita um processo contra a poderosa Rede Brasil Sul de Comunicação - que, de forma aberta e pública se expressa como um oligopólio - mas caminha a passos lentos. E tudo o que se quer é que a Constituição seja cumprida. Mas, quando ela vai contra os poderosos aí fica parecendo que é coisa de “ditador”. No mundo liberal burguês a lei só se cumpre contra os pobres.